quarta-feira, 3 de maio de 2017

Tudo estava caminhando. A vida seguiu com novos crushs. Tem até um que hoje me chamou de “açúcar mascavo – docinho, mas que não se derrete fácil” – crushs, né? Fazer o que? Obvio que não sou doce. (vocês dão licença eu querer continuar a me enganar? Brigada!) – Nada, sou um doce sim. (e sou geminiana também, então mudo de ideia sim.) Doce, doce. Um pote de nutela. A fantasia do carnaval fez todo sentido, mores. Sou um potinho de nutella e o pior: geralmente o sou com quem não merece um pingo desse sabor todo, sejam homens ou mulheres.


Mas vamos ao assunto do texto: O meu ex (e o ex novo – o namorado pós separação) mandou mensagens dizendo que queria conversar comigo e me chamando pra almoçar. Ele adiantou que o “você não precisa lidar com isso” estava martelando na cabeça dele. Se eu souber o contexto dessa frase que eu morra. Não morri. Deus é quem sabe que frase é essa, que contexto foi esse. Tentei lembrar. Ainda pensei de uma vez que eu estava chorando com uma frase que o ex disse e que ainda ressoava na minha cabeça. Mas se era? Não sei. Aí eu disse que não lembrava do contexto dessa frase e ele se utilizou disso pra aguçar a curiosidade e disse que seria uma ótima oportunidade pra gente conversar. Quis ir. Deus sabe como eu quis. Quis dizer que me encontraria em 15 minutos com ele. Quis saber o que ele tinha a dizer, quis ouvir da boca dele que ele estava arrependido e que queria voltar. Quis que ele voltasse, que botasse no face, que dissesse aquilo tudo que eu tanto quis ouvir. Mas antes de dizer, eu disse que tava ocupada, que daqui a pouco respondia. Aí pensei e repensei. Lembrei de tudo. Lembrei que eu era “cheia de defeitos” e que isso “tinha minado nosso relacionamento” – assim de graça. Lembrei que ele não conseguia (também, pra variar) dizer que gostava de mim. Lembrei que ele me deixava insegura. Lembrei de tudo isso e mais um pouco e me perguntei se eu queria aquela rotina de novo, pra mim. Se eu queria ver as mensagens de novo e me alegrar por qualquer coisa. Ver se eu queria ter que olhar o face dele e ver se ele aceitou marcação nas fotos. Torcer pra que ele postasse algo sobre nós. E não, não queria essa rotina. Não quero insegurança.



 E eu quero algo dele? Quero. O que eu quero dele? Eu sei responder. Quero o sexo dele. Quero o carinho dele. E como eu quis quando eu estava fazendo um projeto que tinha relação com a área dele. Quis, o dedo tremeu pra mandar mensagens, mas não mandei nada, justamente porque sabia que eu não queria nada mais além daquilo. Aí hoje, hoooje, que eu to bem feliz com um resultado (o dito projeto, sabe? Deu certo!) e também meio aperreada pra resolver algumas coisas relacionadas a isso, o bendito reaparece e me diz que quer conversar. Avaliei e reavaliei. Não cedi. Mandei mensagem dizendo que não queria conversar. Mas parte de mim está remoendo toda a conversa e todo o relacionamento agora enquanto escrevo o texto. E foi por isso que vim escreve-lo.
Já passaram mil coisas pela minha cabeça. Uma delas foi sobre algo que vi na internet: “a eterna generosidade feminina com os homens”. E outra foi que muita gente erra e é atacado mesmo reconhecendo o erro. Voltando ao início do texto: a minha eterna generosidade com os homens – e que não deveriam valer essa generosidade – me fez querer pensar se eu não estava perdendo a oportunidade dele se redimir comigo. Mas pera. Quem tem que dar oportunidade pra alguém se redimir? Deus, ne? Eu não. Quem perdoa é Deus. Ele não vai mudar. Eles não mudam. Eles nunca mudam. E eu vou repetir esse mantra até voltar a esquecer. Vamos lá conversar com meus monstros.