Sobre a raiva que ainda sentia. Texto de dez dias atrás. Hoje devo escrever um novo e amanhã publico! ;)
É, ainda sinto raiva. Isso
significa que ainda gosto de alguma forma, pois as coisas ainda me afetam. E
isso me incomoda. Mas o grande lance é
aceitar uma coisa de cada vez e não negar mais meus sentimentos. Ainda sofro ao
lembrar, é verdade. Mas tinha como ser diferente? Foram dez anos e dei tudo que
podia pra salvar esse relacionamento. E no fundo, acho que queria mesmo que ele
mudasse e eu percebesse essa mudança. Mas não há mudanças. E não haverá. Não
agora. Quem sabe um dia no futuro ele aprenda a se relacionar... Espero
sinceramente que isso aconteça. Mas na verdade, o que espero pra ele alterna.
As vezes quero que ele sofra bastante. E que outra mulher faça com ele parecido
ou pior. Outras vezes, quero que seja feliz e consiga de fato se relacionar com
outra mulher e manter esse relacionamento sem os problemas que ele acabava
gerando.
Se existem mesmo as fases do
luto, é possível que tenha passado um tempo negando meus sentimentos e agora eu
esteja em uma fase de “revolta” comigo mesma. Mas se existe, já estou a caminho
da aceitação. Sinto raiva até dele dizer que sente minha falta. E acho que sei
porque é. É porque dizer que sente minha falta é uma forma de tentar se manter
preso a uma história que nem ele mesmo saberia reconstruir. E se não sabemos, deixemos
quietos, cada um com sua dor, que um dia passa. Cada um tenta reconstruir sua
vida da melhor forma. Tentar se manter preso a algo que não trará um futuro bom
não vai nos levar a nada...
Pensei agora em tentar escrever
isso e entregar a ele. Talvez ele não saiba o quanto isso pode nos fazer mal.
Outras vezes, acho que sabe, mas continua na tentativa de me manter ali, ainda.
Não sei, mas na hora que pensei nisso, as magoas vieram tds de novo a tona.
Cartas... Não. Seria valoriza-lo novamente. E tudo que ele não merece é uma
valorização minha. A extinção é sempre a melhor saída. Que a resistência a
extinção um dia desapareça. E um dia ela vai desaparecer. Vamos dar tempo ao
tempo.
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