segunda-feira, 27 de julho de 2015

De volta! Passei um tempo sem escrever, em parte porque estava sem computador, e acabei ficando com preguiça de passar os textos do celular pro blog! Mas, agora com um computador, quero voltar a escrever! Bom, o texto de hoje é sobre os ultimos dias.. as ultimas confusões! La vai:

Dias felizes, dias tristes... Vamos pra alguns significativos.

Com o fim do são joão, de tantas farras, ficou Carlos de romancinho. Mas esse romance já tinha começado a me incomodar. Por horas queria ve-lo. Por outras, queria minha solteirice de volta. Não conseguia me apegar completamente. Era estranho. E lembrei que com meu primeiro namorado foi exatamente assim. Eu não conseguia ficar com ele o tempo todo e todo mundo achava estranho. Era um exercício de apego. E com o tempo, com muito tempo depois, consegui. Será que vou passar por esse exercício de novo? Bom, na época, dei tempo ao tempo, mesmo sem querer. Que seja então. Até que chega o dia 08. Passei o dia tentando sorrir, mas ainda lembrando. Há 04 anos eu entrava na igreja, sorrindo, feliz, com musicas escolhidas por mim. Há 04 anos eu entrava com sapatos vermelhos pra dizer a Deus, a minha família e a sociedade que eu amava o Caio e que iria amá-lo por toda a vida e a partir disso, construiria uma família. É, a família não deu certo. Por n motivos, mas não deu. Acabou. Ficou a dor, agora mais calma, mas que ainda existe. E nesse dia doeu um pouco. E foi assim:


No dia 07 a noite eu lembrei que dia era aquele. Cheguei em casa, passei horas conversando com Samara e finalmente subi. Acho que estava evitando chegar em casa, mas cheguei. Olhei pra cama, ensaiei um choro e parei. Coloquei uma musica animada, dancei e lembrei de tanto eu tinha vivido até ali e o quanto ainda precisava viver. A história precisa (va) ficar da “porta pra fora”. Olhei minhas roupas bagunçadas ainda da ultima noite de festa e pensei: O guarda roupa é só meu. O ap é só meu. Mãos a obra! E passei a arrumar a parte od guarda roupa que ainda estava vazia, a espera de mim. Carlos chateado, achando que ia me ver e ficar de casalzinho, com saudades porque tinha ido a Recife. Expliquei que não tava no clima.  E que no outro dia provavelmente não estaria. Era um momento meu e eu precisava vive-lo. Rezei e cansada dormi. Acordei, fui trabalhar, malhar e pro salão. Passei um dia entre away e triste, tentando lutar contra as lembranças. Quando saí do salão, lembrei com mais força e chorei. Chorei e gritei no carro sozinha dirigindo. Um garoto que limpava vidros de carro me olhou no sinal e eu tive vergonha de chorar, sendo que provavelmente não tinha sentido metade da dor que ele tinha sentido. Mas continuei chorando, cheguei, troquei de roupa e fui pro Centro Espirita com Samara. No carro ainda ensaiei um choro. E Samara me acalmou dizendo tudo que eu já tinha feito e tudo o que ela tambem tinha passado. Perguntou se eu não queria voltar pra Caio. Respondi que não. As lágrimas já não eram por ele e nem talvez pelo casamento em si. Era por mim, que tanto tinha feito e tinha ficado ali, sozinha, tentando ressignificar minha vida. Fomos pro centro. Na palestra, o palestrante explicou que tudo que passávamos era, de carta forma, uma escolha nossa antes de vir a esse mundo. Brinquei, pensando que eu devia estar fora de si quando escolhi... Na hora da oração, senti coisas parecidas com o que há algum tempo sentia.. “levanta-te”. Fui ao atendimento fraterno. A moça sorriu e disse> “levanta-te e anda”. Falou um pouco sobre a dor que ainda estava ali e me recomendou participar mais do centro. Me senti melhor. Na saída vi Carlos. Falei rapidamente com ele e fui pra casa. Já em casa, expliquei tudo o que tava sentindo e que era melhor me manter afastada. Ele ficou chateado. Mas fiquei melhor com a situação. Só que continuou insistindo e eu fui fraquejando. As vezes sentia falta e mandava mensagens. Ele me deixou na rodoviária e fui dar aula em Serra talhada. Saí com ele e Samara após a reunião do Centro da ultima quarta. Mas em Serra, fiquei com outro rapaz. Na segunda, com outro em campina, simplesmente porque não quis resistir ao tesão do momento. E nessa semana, fez um ano que a minha vida virou de cabeça pra baixo. Dia 20 de Julho. O dia que achei a carta. A semana com uma cabeça revirada, confusa. A semana que vim ao fortal chorando, e apesar de ter amado tudo, voltei pra Campina desejando nunca mais vir a um Fortal e viver a loucura que vivi. E, após um ano, aqui estou, com abada comprado, desejando mais loucuras em minha vida... Ah, a experiência. Ah, o se deixar levar. Ah, o se permitir. “mude e esteja pronto a mudar novamente”. Mudei. A vida me fez mudar e eu acompanhei. Nesse sentido, é bom olhar pra trás e ver a vida que eu soube re construir nesse ano.



A Sheila me relembra disso o tempo todo. Se por um lado, Carlos me questionou para quando eu ia “continuar na tristeza” ou “continuar no luto”, minha amiga, que me conhece bem melhor, olha pra mim e diz: amiga, você foi incrível. Você não parou na vida. De fato. Lembro bem do dia que escrevi um outro texto e enviei pro Caio...

Trecho: “Estou na casa se uma amiga em Fortaleza. Ela é independente, solteira, bonita. Já sofreu muito por e com ex-amores e hoje, como ela mesma diz, varia o cardápio enquanto não encontra um que valha a pena. É exigente e suas qualidades lhe permitem isso. Esse ambiente tem me feito pensar na possibilidade de que estou tendo uma ocasião que me permita fazer o mesmo. Ser assim: bonita, jovem, independente e solteira novamente. E bem provavelmente, exigente.”
Lembro que pedi pro Caio comentar e ele simplesmente disse que “eu não tinha o perfil da Sheila”, com um certo ar de crítica. Só que, mal sabe ele que somos construídos pelas contingências. Eu nunca tive esse perfil porque sempre namorei. Nunca havia estado solteira e independente. E aí me permiti descobrir como seria. E sinceramente, apesar de ter doído, gostei de mim solteira. Gosto do que aprendi a ser e de como penso. Se sou galinha? Não, apenas gosto de viver sensações diferentes. E o faço sem machucar ninguém, sem enganar ninguém. Um dia, talvez, ache alguém pra viver juntos. Mas se não achar, já sinto que vou conseguir continuar construindo minha vida por aqui...



“É bom olhar pra trás
E admirar a vida que soubemos fazer
É bom olhar pra frente
É bom, nunca é igual
Olhar, beijar e ouvir cantar um novo dia nascendo
É bom e é tão diferente”

“Eu não vou chorar
Você não vai chorar
Ninguém precisa chorar
Mas eu só posso te dizer
Por enquanto
Que nessa linda história os diabos são anjos”


Sim... nessa história, os diabos são anjos. Caio e Larissa não me fizeram mal. Me fizeram bem. Já pensou se eu continuasse a mesma? Que chato, seria! Definitivamente, só tenho a agradecer pela oportunidade que me foi dada! Nesse exato momento, tenho orgulho de mim! A vida me deu um limão. Aí eu juntei cachaça e açúcar e fiz uma caipirinha. =] 


Nenhum comentário:

Postar um comentário