domingo, 8 de fevereiro de 2015

Sobre descobrir que você não é mais a mesma ou talvez você nem sabia como você era.

Tenho tentado analisar minhas atitudes com homens. E eis o que tenho observado:
Carlos: me deixa confusa, sem saber o que quero. Me deixa com vontade de querê-lo, mas me faz sentir vontade de se afastar quando é carinhoso ou gentil demais. Francis já me perguntou se ele era gay. As vezes parece mesmo, por mais machismo que isso possa conter. Uma vez ele mesmo me disse que algumas pessoas o achavam gay também, pelas características dele. Falei hoje com uma amiga sobre isso e o marido dela é semelhante. E já perguntaram isso dele... Só sei que se ele for gay, ele ainda assim sabe dar prazer a uma mulher. Rsrs. Na verdade, sinto às vezes que não estou acostumada a ser bem tratada. Fui mal tratada por muito tempo. Caio não me chamava de bonita, inteligente ou não me dizia nada sobre eu ser importante pra ele por muito tempo. Quando isso vinha, acontecia de tempos em tempos. Acho que preciso lidar com o fato de que posso ser bem tratada o tempo todo e isso não significar algo ruim. Quem me lembrava disso o tempo todo me enganou (meu primeiro namorado). E quem não me lembrava disso nunca me enganou de forma pior...são comportamentos que não tem relação entre si. E muito me admira eu ter acreditado por tanto tempo que eles podiam ter.



Tenho medo de me envolver. E de me machucar. E de machucar o outro. E isso me preocupa. Mas não sei porque mesmo preciso me preocupar com isso agora. Vamos conhecendo. E testando. Um dia eu decido. Ou outra pessoa decide por mim também. Se não estou pronta pra decidir não vou fazer isso com pressa. Não estou enganando ninguém. Estou solteira e deixo isso claro o tempo todo.
Aliás, sobre estar solteira. Analisando bem, acho que acabei dando mole pra todos os caras que sinalizaram estar a fim de mim. Não tenho sido seletiva. Vamos aos fatos: achei ruim e reclamei de sentarem na mesa, mas dei meu telefone pra um deles. E até aceitei a sair com um deles, mas não deu certo. Não devo mais sair com ele e sei disso. O cara termina/volta pra namorada. Deve/pode estar muito confuso. Que ele simplesmente se recupere disso. Um dia, quem sabe. Espero conseguir dizer não. J O do Tinder que encontrei passei um bom tempo pensando no que significaria não beija-lo. Pelo menos consegui resistir e não dar um beijo sem ter vontade. Mas fiquei com Ponka, fiquei com Cris (mas ele é lindo, gente – esse to perdoada), fiquei com quase todos de Fortaleza que demonstraram algo... (deles todos, Rafa é meu carma, só lembro dele, só deveria ter ficado com ele.) E beijei Half ontem. Ele não é tão bonito, só atraente e de interessante pra sair de novo, não tem nada. Me levou no papo. E talvez ainda consiga me levar de novo... A verdade é que ainda to carente, mesmo com td isso. To escolhendo e talz, mas fico pensando se não estou “me estragando” ao ficar com muitos. As vezes penso que ficar com muitos pode me ajudar a escolher melhor quem eu quero, como eu quero e como me sinto. Outras vezes, acho que ficar com muitos me ajuda a me conhecer melhor e sentir minhas diferentes reações com os homens. Senti atração física pelo modo como ele me olhou. E conversou. E me beijou. Sinto uma atração forte pelo Cris. E não quis resistir a ela mesmo sabendo que é corpo...  




E por que devo resistir? Sinceramente, acho que essa historia de estar me estragando é mais um machismo meu disfarçado. Não estou enganando nem aos outros nem a mim mesma. Sei bem o que sinto por cada um. É corpo. É necessidade ainda de ser conquistada e admirada. Há de chegar um tempo que a minha necessidade vai diminuir, pois será saciada. E há de chegar o dia em que minha sensação ruim ao ser bem tratada vai diminuir também, pois está exposta às contingências.

Que assim seja.

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