sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Sobre laços que não precisam ser desfeitos...

E ontem experimentei uma dor misturada com alegria. E chorei e ri. Assim, tudo misturado. E foi bom, apesar de dolorido. E eis o que aconteceu: soube, pelo facebook (oh, as redes sociais e suas aproximações de distância) que minha cunhada, irmã do Caio (sim, porque morrerá sendo cunhada), passou no ENEM pro curso que escolheu e está muito feliz.  E eu feliz por ela. Como se fosse uma irmã. E triste, porque sei que não estarei tão junto como gostaria de estar. Já haviam me dito que os laços jurídicos por afinidade permanecem após o divórcio e pesquisando, entendi que na verdade, por questões morais, os laços que permanecem são os de sogra, sogro, nora e genro, pra evitar o casamento entre nora e sogro, por exemplo, entretanto, os laços entre cunhado e cunhada se extinguem após o fim do casamento. E, mesmo que assim seja, a Lya, em especial, será minha cunhada pra sempre. Lembrei do inglês: “sister in Law”. E assim será, irmã, na lei, pra sempre, mesmo após o divórcio. Minha aproximação do espiritismo me faz bem, mas não é tão profunda a ponto de me dar certeza da existência de outras vidas e da reencarnação. Mas se de fato isso existe ou existiu, provavelmente a conheço de outras vidas e eu ter me casado com o irmão dela foi um reencontro especial. E, independente da lei, ela vai permanecer sendo minha irmã. Porque eu assim escolhi.



E me orgulho tanto de como ela cresceu. E de ter podido estar próximo a ela nesse período. E me orgulho da adulta que ela está se tornando. E quero continuar acompanhando. Espero sinceramente que isso não me seja retirado por qualquer motivo.
Lembro que no natal meu maior sofrimento foi estar longe da família dele. Foi muito estranho passar o natal longe. Afinal, há dez anos meu natal era com eles. Lembrei de cada um em especial e doeu. Doeu mais ainda quando vi que eles também lembravam de mim e me mandaram mensagens de boas festas. E agora, com essas turbilhões de emoções sentidas, passado esse tempo, hoje compreendo que certos laços podem simplesmente não se desfazer. Claro que não serão como antes, mas eles podem ficar ali guardados na estante, como parentes queridos e distantes, mas que sempre vão estar ali, sendo especiais.




E que permaneçam. =]

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