segunda-feira, 27 de julho de 2015

De volta! Passei um tempo sem escrever, em parte porque estava sem computador, e acabei ficando com preguiça de passar os textos do celular pro blog! Mas, agora com um computador, quero voltar a escrever! Bom, o texto de hoje é sobre os ultimos dias.. as ultimas confusões! La vai:

Dias felizes, dias tristes... Vamos pra alguns significativos.

Com o fim do são joão, de tantas farras, ficou Carlos de romancinho. Mas esse romance já tinha começado a me incomodar. Por horas queria ve-lo. Por outras, queria minha solteirice de volta. Não conseguia me apegar completamente. Era estranho. E lembrei que com meu primeiro namorado foi exatamente assim. Eu não conseguia ficar com ele o tempo todo e todo mundo achava estranho. Era um exercício de apego. E com o tempo, com muito tempo depois, consegui. Será que vou passar por esse exercício de novo? Bom, na época, dei tempo ao tempo, mesmo sem querer. Que seja então. Até que chega o dia 08. Passei o dia tentando sorrir, mas ainda lembrando. Há 04 anos eu entrava na igreja, sorrindo, feliz, com musicas escolhidas por mim. Há 04 anos eu entrava com sapatos vermelhos pra dizer a Deus, a minha família e a sociedade que eu amava o Caio e que iria amá-lo por toda a vida e a partir disso, construiria uma família. É, a família não deu certo. Por n motivos, mas não deu. Acabou. Ficou a dor, agora mais calma, mas que ainda existe. E nesse dia doeu um pouco. E foi assim:


No dia 07 a noite eu lembrei que dia era aquele. Cheguei em casa, passei horas conversando com Samara e finalmente subi. Acho que estava evitando chegar em casa, mas cheguei. Olhei pra cama, ensaiei um choro e parei. Coloquei uma musica animada, dancei e lembrei de tanto eu tinha vivido até ali e o quanto ainda precisava viver. A história precisa (va) ficar da “porta pra fora”. Olhei minhas roupas bagunçadas ainda da ultima noite de festa e pensei: O guarda roupa é só meu. O ap é só meu. Mãos a obra! E passei a arrumar a parte od guarda roupa que ainda estava vazia, a espera de mim. Carlos chateado, achando que ia me ver e ficar de casalzinho, com saudades porque tinha ido a Recife. Expliquei que não tava no clima.  E que no outro dia provavelmente não estaria. Era um momento meu e eu precisava vive-lo. Rezei e cansada dormi. Acordei, fui trabalhar, malhar e pro salão. Passei um dia entre away e triste, tentando lutar contra as lembranças. Quando saí do salão, lembrei com mais força e chorei. Chorei e gritei no carro sozinha dirigindo. Um garoto que limpava vidros de carro me olhou no sinal e eu tive vergonha de chorar, sendo que provavelmente não tinha sentido metade da dor que ele tinha sentido. Mas continuei chorando, cheguei, troquei de roupa e fui pro Centro Espirita com Samara. No carro ainda ensaiei um choro. E Samara me acalmou dizendo tudo que eu já tinha feito e tudo o que ela tambem tinha passado. Perguntou se eu não queria voltar pra Caio. Respondi que não. As lágrimas já não eram por ele e nem talvez pelo casamento em si. Era por mim, que tanto tinha feito e tinha ficado ali, sozinha, tentando ressignificar minha vida. Fomos pro centro. Na palestra, o palestrante explicou que tudo que passávamos era, de carta forma, uma escolha nossa antes de vir a esse mundo. Brinquei, pensando que eu devia estar fora de si quando escolhi... Na hora da oração, senti coisas parecidas com o que há algum tempo sentia.. “levanta-te”. Fui ao atendimento fraterno. A moça sorriu e disse> “levanta-te e anda”. Falou um pouco sobre a dor que ainda estava ali e me recomendou participar mais do centro. Me senti melhor. Na saída vi Carlos. Falei rapidamente com ele e fui pra casa. Já em casa, expliquei tudo o que tava sentindo e que era melhor me manter afastada. Ele ficou chateado. Mas fiquei melhor com a situação. Só que continuou insistindo e eu fui fraquejando. As vezes sentia falta e mandava mensagens. Ele me deixou na rodoviária e fui dar aula em Serra talhada. Saí com ele e Samara após a reunião do Centro da ultima quarta. Mas em Serra, fiquei com outro rapaz. Na segunda, com outro em campina, simplesmente porque não quis resistir ao tesão do momento. E nessa semana, fez um ano que a minha vida virou de cabeça pra baixo. Dia 20 de Julho. O dia que achei a carta. A semana com uma cabeça revirada, confusa. A semana que vim ao fortal chorando, e apesar de ter amado tudo, voltei pra Campina desejando nunca mais vir a um Fortal e viver a loucura que vivi. E, após um ano, aqui estou, com abada comprado, desejando mais loucuras em minha vida... Ah, a experiência. Ah, o se deixar levar. Ah, o se permitir. “mude e esteja pronto a mudar novamente”. Mudei. A vida me fez mudar e eu acompanhei. Nesse sentido, é bom olhar pra trás e ver a vida que eu soube re construir nesse ano.



A Sheila me relembra disso o tempo todo. Se por um lado, Carlos me questionou para quando eu ia “continuar na tristeza” ou “continuar no luto”, minha amiga, que me conhece bem melhor, olha pra mim e diz: amiga, você foi incrível. Você não parou na vida. De fato. Lembro bem do dia que escrevi um outro texto e enviei pro Caio...

Trecho: “Estou na casa se uma amiga em Fortaleza. Ela é independente, solteira, bonita. Já sofreu muito por e com ex-amores e hoje, como ela mesma diz, varia o cardápio enquanto não encontra um que valha a pena. É exigente e suas qualidades lhe permitem isso. Esse ambiente tem me feito pensar na possibilidade de que estou tendo uma ocasião que me permita fazer o mesmo. Ser assim: bonita, jovem, independente e solteira novamente. E bem provavelmente, exigente.”
Lembro que pedi pro Caio comentar e ele simplesmente disse que “eu não tinha o perfil da Sheila”, com um certo ar de crítica. Só que, mal sabe ele que somos construídos pelas contingências. Eu nunca tive esse perfil porque sempre namorei. Nunca havia estado solteira e independente. E aí me permiti descobrir como seria. E sinceramente, apesar de ter doído, gostei de mim solteira. Gosto do que aprendi a ser e de como penso. Se sou galinha? Não, apenas gosto de viver sensações diferentes. E o faço sem machucar ninguém, sem enganar ninguém. Um dia, talvez, ache alguém pra viver juntos. Mas se não achar, já sinto que vou conseguir continuar construindo minha vida por aqui...



“É bom olhar pra trás
E admirar a vida que soubemos fazer
É bom olhar pra frente
É bom, nunca é igual
Olhar, beijar e ouvir cantar um novo dia nascendo
É bom e é tão diferente”

“Eu não vou chorar
Você não vai chorar
Ninguém precisa chorar
Mas eu só posso te dizer
Por enquanto
Que nessa linda história os diabos são anjos”


Sim... nessa história, os diabos são anjos. Caio e Larissa não me fizeram mal. Me fizeram bem. Já pensou se eu continuasse a mesma? Que chato, seria! Definitivamente, só tenho a agradecer pela oportunidade que me foi dada! Nesse exato momento, tenho orgulho de mim! A vida me deu um limão. Aí eu juntei cachaça e açúcar e fiz uma caipirinha. =] 


terça-feira, 21 de abril de 2015

Revisitando a dor do divórcio

A dor que descrevi no último texto foi a dor antes da assinatura. E já tava no seu processo de dor que ia passando aos poucos. Voltava algumas vezes, principalmente quando falava com minha mãe, que teimava em falar nisso e em casamento e etc.. Mas até que as coisas estavam tendendo a ficar bem.
Até que sou pegue de surpresa por um texto do ex que me machucou forte. Machucou fundo. E eu não sabia que machucaria tanto algo que eu até queria que acontecesse... Explico: no domingo a noite, olho meu email por outro motivo, enquanto esperava minha vizinha.. E aí vejo um email dele. Abro e quando começo a ler, começo a chorar. As lagrimas fugiam ao meu controle e caiam desesperadamente. Doía. Minha cabeça começou a latejar. E aí re-experimentei as sensações de quando descobri o início de tudo: enxaqueca forte, ânsia de vomito. O que tinha no email: ele saiu relembrando todos os encontros e viagens que tivemos. Detalhes que eu, que sempre tive melhor memória pra fatos e informações do que ele, já não lembrava e não poderia imaginar que ele lembrava. Mas lembrava. E estavam ali no email me torturando...E torturaram mais no fim quando ele reconheceu que machucou a pessoa que menos merecia da forma que menos merecia. E que me amava, só tinha demorado demais pra perceber isso. Na tortura final, disse que não encontraria outro alguém que o valorizasse tanto e que nunca me esqueceria.



Tortura, por que? Porque por muito tempo foi o que desejei ouvir. Foi o que desejei ler. E com o tempo fui percebendo que não ouviria enquanto eu queria. E que provavelmente só ouviria tempos depois, quando ele tivesse tido a certeza do fim ou tivesse sofrido um baque como o que sofri. E não é que as duas coisas aconteceram? E aí, veio o choro, o arrependimento e o reconhecimento. Mas e por que doeu? Porque acompanhada do reconhecimento veio a minha lembrança de quanto eu desejei ter isso por tanto tempo, inclusive quando estávamos juntos. Eu vivi de migalhas de atenção por algum tempo. Vivi de migalhas de sentimentos. Vivi de migalhas de demonstrações. E agora, sim, agora, que irônico, vem tudo que eu quis, a galope. E junto com ela, vem a certeza que eu já estava tendo e por isso tinha decidido não voltar e não deixar as bobas reaproximações acontecerem. Ele sempre percebia que me amava no fim de tudo. Quando me afastava. Mas quando junto, de novo sofria as mesmas coisas e me fazia sofrer. E dessa vez, não olhou pra mim e pro que eu sentiria caso eu descobrisse. Simplesmente se iludiu que eu não descobriria.  Acho mesmo que não se importou. Estratégia de bloqueio dele. Não sei como, mas hoje vejo o quanto ele me bloqueia. O quanto não consegue me amar e estar junto de mim. Insegurança? Talvez. Não sei ao certo, mas talvez seja melhor não saber. A verdade é que após as torturas todas, veio em mim o sentimento: quantas vezes mais ele vai precisar me perder pra começar a me dar valor enquanto me tem? Não quero contar. Não quero mais viver numa relação insegura assim. E não pela traição, mas pelo sentimento. Como saber se sou importante? Por migalhas? Satisfazer-me com migalhas? Lembro, mesmo antes de saber de tudo, o quanto eu ficava me questionando se ele de fato me amava, e me perguntava se eu não estava sendo dura demais porque ele tinha largado a cidade e tinha ido comigo pra outra...




Relembrar tudo isso relembra a decisão tomada. Relembra e machuca de novo: não importa o quanto ele ainda mexa comigo, e mexe. Não importa o quanto ainda doa e dói. Não importa o quanto ainda vá sofrer por isso. Não importa se ainda o amo (e amo? E o que é o amor? Minha vez de filosofar...). Não quero mais essa relação pra mim. A relação me trazia dúvidas e inseguranças. Era boa, no geral, mas tende a repetir o ciclo da insegurança e da dor. Sendo assim, escolhendo o caminho que escolhi, sei que a dor que sinto agora vai ter um fim ou pelo menos vai amenizar. E caso continue a relação, sei que terei ganhos momentâneos, mas novas dessas dores e torturas no decorrer dela...
Autocontrole. Querido, sabia que você era difícil, mas também não precisa ser nível top hard. Vamos lá! Com fé eu vou que a fé não costuma falhar! ;)
E, uma parte de uma música besta e antiga, mas que vai me representar agora...


“Nunca acreditei na ilusão de ter você pra mim
Me atormenta a previsão do nosso destino
Eu passando o dia a te esperar você sem me notar
Quando tudo tiver fim, você vai estar com uma cara
Uma alguém sem carinho, será sempre um espinho
dentro do meu coração”



E, a sensação que tenho é essa. Ele será sempre um espinho. Uma história dolorosa. Game over de uma relacionamento que lutei tanto e investi tanto. Mas é preciso saber enxergar quando até as histórias que mais bonitas e que mais sonhamos tem um fim e dão lugar a novos recomeços.



Recomeço, querido, você já pode chegar, ta? 13Beijosnoombro!


sábado, 18 de abril de 2015

Sobre a dor de um divórcio



Esses dias venho vivendo e revivendo a crise da separação e do divorcio. Ate parece que tinha me separado de novo e naquele dia. Mas não, era simplesmente a crise de assinar a %¨$# de um papel dizendo à sociedade que não tinha mais jeito. A sensação é a de um fracasso. É uma dor mais anestesiada, mas semelhante a da separação. Mas ao mesmo tempo, diferente. Logo após a separação, senti o fracasso, mas sentia uma dor maior, que era a dor da perda. Agora a dor da perda já se acalmou. Eu já não penso no que eu perdi. Sempre tento pensar no que ganhei após a separação. Tava num processo doloroso casada. E não notava tanto, porque tava do lado de dentro. Hoje, ganhando o mundo, vejo o quanto era desvalorizada por alguém que estava num processo de sofrimento e imaturidade que eu não conseguiria entender. Ele me desvalorizava na intenção de se valorizar, porque não gosta(va?) de si mesmo...
E ta, aí você pode me perguntar: vem cá, se tu ta se sentindo tão bem separada, adorando a sensação de se sentir desejada e paquerada (já deixei claro, ne, nos outros textos?), dançando, brincando, vivendo cada minuto como se fosse o último, como você vem me falar em dor? Difícil, acreditar, ne? Então, eu mesma, se não estivesse sentindo, diria que a pessoa tava querendo fazer drama onde não existe. Mas não, não é isso. O drama, apesar de não ser grande, quando se pensa racionalmente, existe. E vou explicar:
O divórcio se trata de afirmar perante a lei e a todos o seu descasamento. Mas e você já não fez isso? Não exatamente. Quando me separei, passei pelo meu processo intimo e até fiz rituais de separação. Joguei a aliança no lugar mais lindo que já visitei. Chorei escondida a dor em cada lugar que pensava que aquela viagem era pra ter acontecido com ele. Chorei a dor de uma perda de uma pessoa especial. De um sonho. Mas de um sonho meu. Só meu. Hoje, quando lembro, a sensação que tenho é a da música da Marisa Monte:
Se ela me deixou, a dor
É minha só, não é de mais ninguém.
Aos outros eu devolvo a dó
Eu tenho a minha dor.
Se ela preferiu ficar sozinha,
Ou já tem um outro bem
Se ela me deixou a dor é minha,
A dor é de quem tem.”


Pronto. A sensação era essa. A dor que era minha. Não queria dó de ninguém. Não era digna de dó. Sabia bem que o sofrimento ia passar. Até a dor de perder meu pai tinha amenizado com o tempo. Porque a dor de perder um marido não ia passar? Iria. Me enchi de coragem, passei a mão nos olhos e enfrentei a dor. Chorava, mas enfrentava. Vim sozinha pra cidade e pra casa onde tudo tinha acontecido. Mais decidida impossível, coloquei o que restava dele pra fora da casa e fui viver só. Entre farras e descobertas de uma vida solteira. Entre a dor de encontrá-lo ou encontrar a moça com quem ele estava/tinha passado um tempo/ sei lá. E nessas dores, fui esquecendo e vendo o quanto a minha vida ainda era especial e o quanto eu ainda tinha pra viver. E o quanto eu vinha descobrindo com a separação e a vida de solteira. E aí veio, por uma lado uma pressão social e por outro, uma pressão interna: a do divórcio. Passei pelo processo de negação: pera, eu preciso de um papel pra me dizer solteira? Não, claro que não. (só que sim, principalmente porque temos um bem juntos. E o que eu fosse fazer com esse bem precisaria dele. De uma vida que já não me dizia respeito e portanto poderia mudar e se tornar o que quisesse, inclusive, alguém disposto a me tomar bens materiais – vai saber?)
E então, com a história de vender ou não esse bem (o apartamento), resolvi-me a não vender, por diversos motivos e tratar de ressignificar tudo. Afinal de contas, eu fiz até a disciplina de psicologia ambiental, não foi? Não estudei e sei o quanto se pode ressignificar um ambiente e o quanto esse ambiente pode influenciar os sentimentos humanos? Pois bem, iria ressignificar tudo. E passei à história do divórcio, de resolver tudo perante a lei. E bom, se por um lado sabia e sei de todo um processo que se chama divórcio emocional (coisa de psi) e que isso doía, não sabia como era essa dor. Experimentei. A dor é a de ter fracassado. E agora a dor já não é mais só minha. Ela é minha, mas também é social. Há atores sociais envolvidos nisso. Há o ex-conjuge, agora mais ex que nunca. Há o advogado. Há uma procuração. Há um juiz. Há um papel. Há uma satisfação à sociedade. Há o contrário do orgulho de um dia ter entrado na Igreja e ter dito a Deus, à minha família e à sociedade, que a partir dali eu iria construir minha própria família. A partir dali eu seria mulher de um marido e futura mãe dos nossos filhos. Era como se eu tivesse passado mais ainda ao patamar de adulta (a impressão que tenho é que pulei um degrau quando me formei, outro quando comecei a trabalhar e assim sucessivamente). E agora a dor é o contrário desse orgulho: é afirmar pra sociedade que eu fracassei em construir uma família (Ah, mas não foi você, ele lhe traiu, ele não foi maduro, ele, ele, ele, ele...). Ta, se vocês conseguem fugir da própria responsabilidade assim, massa, mas talvez por ser psicóloga, pra mim não é tão fácil assim. Sei que em parte a culpa responsabilidade também é minha. Eu ate tentei, mas não soube lidar com uma traição tão pesada. Eu até tentei, mas não consegui fazer com ele viesse pra mim de novo como antes. Eu até tentei, mas no fim, não consegui nem me salvar nem salvar o que eu tinha prometido a mim mesma e a todos: uma família. A minha família.


Que se lasque a sociedade? Fácil dizer. Difícil é assinar e escrever: sim, sou divorciada. Não consegui viver como queria e como prometi. E estou bem com isso. Vrááááá. (tapas girando na sociedade machista, hipócrita e religiosa). E no fim, o que tenho a dizer? É difícil? É. Existem processos mais difíceis? Existem. Eu, ao menos, não tenho litígio e nem filhos. Mas a dor ta aqui. Doendo. Gritou dentro de mim na porta do advogado. [Piadas a parte: Gritou mais alto quando ele disse o preço e eu pensei (caramba, é pra desistir, é?)] Gritou mais alto quando falei no telefone com o ex. Gritou mais baixo quando falei com o segundo advogado. E foi diminuindo ao pensar no processo e juntar os documentos. E diminuiu mais quando falei pela segunda vez com o ex. E aí eu vi que era só mais uma etapa da minha dor. A dor escancarada a sociedade. E dói de novo, por que? Porque a gente mexe. E abre de novo. Abre de uma forma diferente. Mas abre. E com o tempo, ela volta a acalmar. Vá, dor, vá se acalmando. Um dia, você vira sorriso.
“Vagueia
Devaneia
Já apanhou à beça
Mas para quem sabe olhar
A flor também é
Ferida aberta
E não se vê chorar”.

terça-feira, 17 de março de 2015

De volta, após tanto tempo sem aparecer. Brigas no trabalho, estresses em casa, acontecimentos fúnebres que me marcaram. Tudo aconteceu. E tudo traz de volta algo que já estava enterrado. Mas veio diferente, veio mais maduro e mais elaborado. Veio junto com uma certeza, apesar de vir junto com a dor. Atualizando: Um tio muito querido do meu ex-marido faleceu de surpresa. Fiquei muito abalada na hora. Eu que dei a notícia porque a mãe não conseguia falar com ele. Eu disse que ia a Fortaleza e que gostaria de ir pro enterro. Ele pediu q eu fosse de carro com ele. Fiquei em dúvida, mas resolvi-me a fazer isso, em apoio e em lembrança do tio em questão que me era muito caro. Fui. Como dizem minhas amigas com filhos após a separação, "me vesti de monge e fui". Dentro do carro a ideia era que as conversas fossem livres de tensão, mas só a ideia de ter que programar algo para que não ficasse tenso me deixava tensa. E assim foi. Chegamos. Não a tempo do enterro, mas sempre da visita pós-enterro, que acho que é pior... Dei algum apoio a mãe dele, e ele foi me deixar em casa. No caminho de casa a pergunta: "vamos comer algo?" Na hora só me vinha a cabeça: pera aí, essa parte a monge aqui não aguenta não. A vontade era de ser irônica e perguntar pra ele se a moça não ia ficar com ciúmes. Me aguentei em nome do tio e do enterro, dei a desculpa do cansaço e fiquei quieta. Novo pedido, dessa vez acompanhado de uma dose extra de cara de pau: "e se fossemos tomar uma cerveja"? Pera, gente, pera aí. Eu já to magoada com essa criatura com tudo que houve e ele ainda tem a cara de pau de me chamar pra tomar uma cerveja? É a casa da mãe Joana?.


De novo, a monge respirou em nome da amizade e respondeu: "não, não, realmente estou cansada", pensando que se ele perguntasse de novo eu explodia. Mas não, a minha paciência estava de monge no dia: "vamos a um rodizio"? Respirei fundo e disse: "Caio, não dá, de verdade. Agradeço o convite, mas estou cansada e quero estudar alguma coisa". (tática: fala pausadamente e faz uma frase longa, porque dá tempo chegar em casa e você não mata o coleguinha)... E após tudo isso, era impossível não ficar mexida de novo, não chorar de novo, não lembrar de tudo e ficar novamente bastante magoada. E depois dos trabalhos que tinha a fazer feitos, recebo novo convite pra "tomar uma cerveja". Nego, mas dessa vez eu não consigo ser tão simpática e começam as frases ásperas. Após a troca de mensagens de teor áspero e um sonho estranho com várias coisas boas que me aconteceram desde a separação, resolvo mandar uma mensagem que há algum tempo vinha pensando em dizer. O teor era de agradecimento. Ele responde, pergunta se não há mesmo possibilidades de retorno e a conversa flui, comigo dizendo que não via mesmo nada de retorno nesse momento, que ele seguisse a vida dele e que eu estava seguindo a minha. No fim, a conversa foi boa. Aos poucos, a mágoa vai diminuindo e vai dando lugar a uma nova visão: a da imaturidade dele. E de por isso não querer mais estar nessa relação. E que a vida siga, continue seguindo! Acabei voltando na estrada de novo, a conversa foi menos tensa e a vida continuou. E de farra em farra, paqueras e paqueras, pequenos ganhos no trabalho e muitas reflexões, a vida vai me sorrindo e eu vou descobrindo dia  a dia as alegrias de estar solteira e de ser assim. Atualmente, pra mim, ser solteira é meu estado de espírito. ;) Solteirar, sempre! =]



terça-feira, 3 de março de 2015


Há um tempo sem escrever, após algumas feridas, de volta:

E esses dias se apresentaram difíceis e confusos. Se por um lado consegui me resguardar juridicamente e com isso ficar mais tranqüila com relação ao apartamento (houve uma conversa de que a moça com quem meu ex está estaria querendo que ele brigasse por metade do apartamento...), saí, me diverti e estaria tudo bem, mas comecei a sair com um rapaz com quem conversava há um bom tempo, e senti que ele mexeu comigo de uma forma forte e de novo, confusa. Mas eu já estava assim com relação a Carlos. Ótimo, de volta a adolescência. É assim que me sinto. Confusa, gostando de um, se sentindo atraída/apaixonada pelo jeito do outro e pra completar, ainda incomodada quando o ex aparece e manda um email perguntando pela gata que crio (pela gata??? Logo pela Gata??? E logo pra mim, psicóloga? Certo, a gata está bem e a outra gata ainda ferida, machucada, se recuperando e tentando não entrar em outra fria com outro rapaz..).



E ontem tive ótimos momentos a noite com mais duas amigas. Saí, assisti ao filme do momento das mulheres no cinema e depois ainda fui a um barzinho. Me diverti bastante, como há muito tempo não fazia. Solteiras. Sozinhas. Felizes consigo mesmas. E aí voltei a pensar sobre as paixonites todas que senti/sinto: ta, vamos com calma, simplesmente. Vamos simplesmente sentir a confusão que tem se estabelecido nos meus sentimentos. Se voltei a adolescência, vamos revisita-la. Que me lembre, estou solteira e tenho todo o direito de sair com quem eu quiser, e sentir o que eu quiser com cada um deles... e com minhas amigas, o que tem sido ótimo. É cada vez mais gratificante estar sozinha, sem me sentir sozinha!

Depois atualizo cada um dos paquerinhas e o que representam pra mim de forma a facilitar os sentimentos!

:*

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Sobre laços que não precisam ser desfeitos...

E ontem experimentei uma dor misturada com alegria. E chorei e ri. Assim, tudo misturado. E foi bom, apesar de dolorido. E eis o que aconteceu: soube, pelo facebook (oh, as redes sociais e suas aproximações de distância) que minha cunhada, irmã do Caio (sim, porque morrerá sendo cunhada), passou no ENEM pro curso que escolheu e está muito feliz.  E eu feliz por ela. Como se fosse uma irmã. E triste, porque sei que não estarei tão junto como gostaria de estar. Já haviam me dito que os laços jurídicos por afinidade permanecem após o divórcio e pesquisando, entendi que na verdade, por questões morais, os laços que permanecem são os de sogra, sogro, nora e genro, pra evitar o casamento entre nora e sogro, por exemplo, entretanto, os laços entre cunhado e cunhada se extinguem após o fim do casamento. E, mesmo que assim seja, a Lya, em especial, será minha cunhada pra sempre. Lembrei do inglês: “sister in Law”. E assim será, irmã, na lei, pra sempre, mesmo após o divórcio. Minha aproximação do espiritismo me faz bem, mas não é tão profunda a ponto de me dar certeza da existência de outras vidas e da reencarnação. Mas se de fato isso existe ou existiu, provavelmente a conheço de outras vidas e eu ter me casado com o irmão dela foi um reencontro especial. E, independente da lei, ela vai permanecer sendo minha irmã. Porque eu assim escolhi.



E me orgulho tanto de como ela cresceu. E de ter podido estar próximo a ela nesse período. E me orgulho da adulta que ela está se tornando. E quero continuar acompanhando. Espero sinceramente que isso não me seja retirado por qualquer motivo.
Lembro que no natal meu maior sofrimento foi estar longe da família dele. Foi muito estranho passar o natal longe. Afinal, há dez anos meu natal era com eles. Lembrei de cada um em especial e doeu. Doeu mais ainda quando vi que eles também lembravam de mim e me mandaram mensagens de boas festas. E agora, com essas turbilhões de emoções sentidas, passado esse tempo, hoje compreendo que certos laços podem simplesmente não se desfazer. Claro que não serão como antes, mas eles podem ficar ali guardados na estante, como parentes queridos e distantes, mas que sempre vão estar ali, sendo especiais.




E que permaneçam. =]

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Sobre descobrir que você não é mais a mesma ou talvez você nem sabia como você era.

Tenho tentado analisar minhas atitudes com homens. E eis o que tenho observado:
Carlos: me deixa confusa, sem saber o que quero. Me deixa com vontade de querê-lo, mas me faz sentir vontade de se afastar quando é carinhoso ou gentil demais. Francis já me perguntou se ele era gay. As vezes parece mesmo, por mais machismo que isso possa conter. Uma vez ele mesmo me disse que algumas pessoas o achavam gay também, pelas características dele. Falei hoje com uma amiga sobre isso e o marido dela é semelhante. E já perguntaram isso dele... Só sei que se ele for gay, ele ainda assim sabe dar prazer a uma mulher. Rsrs. Na verdade, sinto às vezes que não estou acostumada a ser bem tratada. Fui mal tratada por muito tempo. Caio não me chamava de bonita, inteligente ou não me dizia nada sobre eu ser importante pra ele por muito tempo. Quando isso vinha, acontecia de tempos em tempos. Acho que preciso lidar com o fato de que posso ser bem tratada o tempo todo e isso não significar algo ruim. Quem me lembrava disso o tempo todo me enganou (meu primeiro namorado). E quem não me lembrava disso nunca me enganou de forma pior...são comportamentos que não tem relação entre si. E muito me admira eu ter acreditado por tanto tempo que eles podiam ter.



Tenho medo de me envolver. E de me machucar. E de machucar o outro. E isso me preocupa. Mas não sei porque mesmo preciso me preocupar com isso agora. Vamos conhecendo. E testando. Um dia eu decido. Ou outra pessoa decide por mim também. Se não estou pronta pra decidir não vou fazer isso com pressa. Não estou enganando ninguém. Estou solteira e deixo isso claro o tempo todo.
Aliás, sobre estar solteira. Analisando bem, acho que acabei dando mole pra todos os caras que sinalizaram estar a fim de mim. Não tenho sido seletiva. Vamos aos fatos: achei ruim e reclamei de sentarem na mesa, mas dei meu telefone pra um deles. E até aceitei a sair com um deles, mas não deu certo. Não devo mais sair com ele e sei disso. O cara termina/volta pra namorada. Deve/pode estar muito confuso. Que ele simplesmente se recupere disso. Um dia, quem sabe. Espero conseguir dizer não. J O do Tinder que encontrei passei um bom tempo pensando no que significaria não beija-lo. Pelo menos consegui resistir e não dar um beijo sem ter vontade. Mas fiquei com Ponka, fiquei com Cris (mas ele é lindo, gente – esse to perdoada), fiquei com quase todos de Fortaleza que demonstraram algo... (deles todos, Rafa é meu carma, só lembro dele, só deveria ter ficado com ele.) E beijei Half ontem. Ele não é tão bonito, só atraente e de interessante pra sair de novo, não tem nada. Me levou no papo. E talvez ainda consiga me levar de novo... A verdade é que ainda to carente, mesmo com td isso. To escolhendo e talz, mas fico pensando se não estou “me estragando” ao ficar com muitos. As vezes penso que ficar com muitos pode me ajudar a escolher melhor quem eu quero, como eu quero e como me sinto. Outras vezes, acho que ficar com muitos me ajuda a me conhecer melhor e sentir minhas diferentes reações com os homens. Senti atração física pelo modo como ele me olhou. E conversou. E me beijou. Sinto uma atração forte pelo Cris. E não quis resistir a ela mesmo sabendo que é corpo...  




E por que devo resistir? Sinceramente, acho que essa historia de estar me estragando é mais um machismo meu disfarçado. Não estou enganando nem aos outros nem a mim mesma. Sei bem o que sinto por cada um. É corpo. É necessidade ainda de ser conquistada e admirada. Há de chegar um tempo que a minha necessidade vai diminuir, pois será saciada. E há de chegar o dia em que minha sensação ruim ao ser bem tratada vai diminuir também, pois está exposta às contingências.

Que assim seja.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

E hoje a saudade bateu forte. Bateu um banzo louco. Não é so implicância com a cidade, é dor de estar longe de tudo e de todos que amo. Aqui tenho construído a minha chamada rede de apoio e de fato a convivência com a cidade vem melhorando, mas ainda assim não me sinto
daqui, não vim pra ficar, me sinto estranha nesse lugar... Bateu uma saudade e uma vontade de voltar a minha vida “tranqüila, sossegada de sombra e água fresca”... Eu quis voltar a ser adolescente. Desejei que nada disso tivesse acontecido. Que essa história toda se apagasse da minha vida. Não que não tenha valido a pena. Valeu. Aprendi muito e cresci mais ainda. Mas crescer dói. E as vezes a gente simplesmente cansa da dor.

“Agora é hora de você se assumir e sumir”

Mas se assumir dói. Sumir dói. Crescer dói. Fazer tapioca e café pra comer sozinha dói... Fazer meu almoço em casa e ir trabalhar todo dia dói... Viajar só as vezes pra ver os meus dói mais ainda. Não ter mais momentos reunidos com eles diariamente dói. Passar por essa reviravolta na minha vida longe de tudo e de todos é loucura e às vezes, quando você simplesmente pensa em tudo, você sente arder. E arde mais quando você se sente sozinho. Pior ainda quando se sente sozinha “acompanhada”. Tava com mais uma das minhas companhias masculinas de apoio e simplesmente me senti sozinha. Não que a companhia dele não seja boa, pelo contrário. Me faz bem e me faz rir. Mas me faz lembrar que no fim de tudo, estou só. 

Sozinha. As vezes com amigas que estou fazendo. As vezes com minha companheira de dor e de crescimento. As vezes... Mas no fim de tudo, só. Mas aí eu lembro de um poema que li esses dias. Por que estar só assusta tanto, se no fim das contas, nascemos e morremos só?  E talvez esse seja meu momento atual: aprender a ficar só. Aprender a construir relações, mas me mantendo só também. A hora é de conhecer pessoas, conhecer o mundo dessa forma que estou agora e como devo estar nos próximos anos: sozinha. Porque preciso aprender a me bastar. Preciso aprender a ser completa de novo. Não acho que no meu relacionamento usava ele pra me completar. Talvez as vezes eu realmente o usasse como bengala mesmo. Mas acho que esse relacionamento mais me somava do que me completava. Mas no fim de tudo, a forma como acabou, a impressão que me dá é que uma parte de mim foi junto. Partes bonitas, partes infantis e adolescentes.

 Foi-se embora meu amor de adolescência. Foi-se embora um amor bonito, inocente. Um jeito que eu tinha de acreditar no amor e nas relações. Um jeito bonito de admirar um companheiro. Um jeito bonito de confiar. Isso foi embora, eu acho, junto com a relação. Não caibo mais em um conto de fadas. Eu cabia. E por mais que isso fosse bonito, o mundo não é um conto de fadas e não posso mais viver como se fosse. Não que eu não vá mais conseguir amar ou me entregar de novo. Devo conseguir. Mas nunca mais devo amar como amei. Talvez ame até melhor, de um jeito mais real. Porque o real deve ser mais bonito que o ideal, é só saber ver. J É só uma maneira de enxergar.  E que venham amores reais... porque os ideais não são suficientes. E por isso mesmo só são belos no modo superficial de olhar. Porque quero aprofundar. O desejo do momento é esse.


domingo, 1 de fevereiro de 2015

“Você é determinada”. “Você é forte.” “vc tem opiniões fortes, levanta a cabeça sem esconder as lagrimas...”. De vez em qdo escuto isso... E engraçado. Foi exatamente o que senti hj no Centro Espirita. “Levante”. “Olhe em frente.”. Dolorida ou não, chorando ou não... 






E  é isso que estou fazendo. Por mais que doa quando lembro de tudo que sonhei e da forma como esse sonho  foi jogado fora. Porque no fim, o que ainda dói não é mais a relação ter acabado. Hoje vejo muitas coisas boas no fim dessa relação. Tanto pra mim quanto pra ele. Mas me dói a forma como tudo aconteceu... dói a imaturidade, a ingratidão, a covardia. Dói estar em uma cidade pequena e ter que lembrar disso quase todo dia.  Seja por uma história minha ou seja pela de outros. Seja pelo reencontro meu ou de outros. A mágoa permanece. E acho que ainda vai permanecer por um bom tempo... Agradeço pela oportunidade que ele meu deu de reconstruir minha vida como venho fazendo e por isso mesmo não o desejo mal algum, só bem. Mas não vou dizer que já o perdoei completamente pela forma conduzida do fim.
Ontem tive mais uma vez a sensação de que Caio trouxe a menina pra cá no período das minhas férias. Já estava separada, mas achei um desrespeito porque eh minha casa. E eu estou pagando o Ap sozinha desde então... Doeu. Na hora estava pra receber a visita de um rapaz que conheci por meio de uma amiga.. =] Recebi, a noite foi excelente, mas foi impossível não lembrar das relações novamente e de como tudo teve um fim. Em nenhum momento fiquei triste na hora das lembranças, só senti um pouco a dor e me permiti ressignificar meu apartamento e minhas lembranças.  
E hoje num churrasco, numa tremenda coincidência da vida, descubro que uma amiga conhece a atual namorada do ex da minha grande amiga daqui.. Vi a dor nela. Vi uma dor amadurecida, mas sabia que era doloroso. E revivi em parte a minha.. E aqui estou eu, nesse texto, tentando enxugar as lagrimas mais uma vez e me reconstruindo de novo.






“A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. (Guimarães Rosa)

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Sobre a reconstrução e estar abertas a novas experiências

Bom, logo que cheguei aqui ainda revivi parte do fim. Foi muito dolorido encarar o AP de novo, ainda com as coisas dele. Foi mais dolorido ainda encontrá-lo pra entregar qlq coisa que fosse. Recebe-lo em uma dessas vezes, conversar e perceber a mesma frieza, imaturidade e ao mesmo tempo declarações vazias de “sinto sua falta”. E depois dessa conversa, resolvi simplesmente não falar mais com ele, ao menos por enquanto. Evitar contato. Ajuda a esquecer. Ajuda a apagar a dor que vc sente... Infelizmente parece que cidade pequena é uma praga e as coisas lhe perseguem. Eis que em uma saída vi uma amiga da dita cuja com quem meu ex marido teve/tem um caso. Ela estava lá, em uma mesa, acompanhada de um amigo de um amigo em comum... sendo mal tratada pelo seu companheiro. Depois descubro que é mal de amigas e ela tem um caso com a criatura que estava com ela e que ele na verdade é casado. Senti pena dela. Mas tbm senti raiva de estar ali e de ter que vê-la, reviver a situação. Saí chateada. Mas depois tive um final de semana muito bom, com excelentes companhias... J E aí acordei na segunda renovada. E disposta a agradecer caso eu o encontrasse. Um pouco mais gordinha ou mesmo mais magrinha, sou desejada. Sou bonita e sou uma boa companhia. E tenho vivido experiências maravilhosas. E só as vivi depois que me separei. Sabe o que é melhor de tudo? É a sensação de que não quero mais a vida que eu tinha de volta... Ela não era boa. Eu não tinha um companheiro. Eu tinha um egoísta ao meu lado que eu acabei me tornando um pouco dependente emocional. Não, não quero mais viver o que eu vivia. Quero minha vida de hoje. Assim, livre, leve, solta. Paquero um, paquero outro. Fico com alguns. E ninguém tem nada com isso. Já começo a sentir falta de um relacionamento. Mas por enquanto, só analiso e observo, como dizem... rsrs. Agora, a hora é de selecionar que tipo de relação quero pra mim. E só escolho, vivendo-as. ;)


Beijos, meu povo!

terça-feira, 27 de janeiro de 2015





Sobre a raiva que ainda sentia. Texto de dez dias atrás.  Hoje devo escrever um novo e amanhã publico! ;) 

É, ainda sinto raiva. Isso significa que ainda gosto de alguma forma, pois as coisas ainda me afetam. E isso me incomoda.  Mas o grande lance é aceitar uma coisa de cada vez e não negar mais meus sentimentos. Ainda sofro ao lembrar, é verdade. Mas tinha como ser diferente? Foram dez anos e dei tudo que podia pra salvar esse relacionamento. E no fundo, acho que queria mesmo que ele mudasse e eu percebesse essa mudança. Mas não há mudanças. E não haverá. Não agora. Quem sabe um dia no futuro ele aprenda a se relacionar... Espero sinceramente que isso aconteça. Mas na verdade, o que espero pra ele alterna. As vezes quero que ele sofra bastante. E que outra mulher faça com ele parecido ou pior. Outras vezes, quero que seja feliz e consiga de fato se relacionar com outra mulher e manter esse relacionamento sem os problemas que ele acabava gerando.
Se existem mesmo as fases do luto, é possível que tenha passado um tempo negando meus sentimentos e agora eu esteja em uma fase de “revolta” comigo mesma. Mas se existe, já estou a caminho da aceitação. Sinto raiva até dele dizer que sente minha falta. E acho que sei porque é. É porque dizer que sente minha falta é uma forma de tentar se manter preso a uma história que nem ele mesmo saberia reconstruir. E se não sabemos, deixemos quietos, cada um com sua dor, que um dia passa. Cada um tenta reconstruir sua vida da melhor forma. Tentar se manter preso a algo que não trará um futuro bom não vai nos levar a nada...

Pensei agora em tentar escrever isso e entregar a ele. Talvez ele não saiba o quanto isso pode nos fazer mal. Outras vezes, acho que sabe, mas continua na tentativa de me manter ali, ainda. Não sei, mas na hora que pensei nisso, as magoas vieram tds de novo a tona. Cartas... Não. Seria valoriza-lo novamente. E tudo que ele não merece é uma valorização minha. A extinção é sempre a melhor saída. Que a resistência a extinção um dia desapareça. E um dia ela vai desaparecer. Vamos dar tempo ao tempo.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

“E vi que é bem melhor não perguntar
Por que é que tem que ser assim
Ninguém jamais pôde mudar
Recebe menos quem mais tem pra dar”
E hoje a raiva doeu novamente. E doeu por mágoa, por ingratidão. Quarta, quando cheguei na cidade em que trabalho, as coisas dele ainda estavam aqui. E não tive mais paciência. Se moro só, se estou solteira, preciso estar definitivamente, em todos os sentidos. Preciso inclusive sair desse apartamento, comprado pra nos dois. Foi um investimento, foi mas foi um investimento errado, na e com a pessoa errada. Então que se chegue a um ponto final. Ajeitei as coisas em uma mala, entrei no carro e fui deixar no trabalho dele. Sem alardes. Simplesmente pedi pra ele sair e trocar as coisas de um carro pro outro. Ninguém precisava ver. E Ninguém viu. Daí hj, ele volta a mandar mensagens pedindo uma caixa de guitarra e um amplificador e pediu pra eu deixar no hall do prédio porque ele não queria me ver. Na hora me deu um misto de raiva, dor e humor. Pera aí, É isso mesmo? Eu que tinha todos os motivos pra não olhar mais na cara dele e muitas vezes calei pra não magoá-lo e terminar tudo numa briga maior ainda e agora ele diz que não olha mais na minha cara? Ah, fala sério. Paciência zero pra chilique e imaturidade. La fui eu, indignada de protagonizar uma cena ridícula que é por as coisas do ex marido no corredor do prédio pra ele pegar. E quando estou eu na execução, a criatura chega, toca a campainha. Fui abrir e preferi nem tentar entender. Ajudei ele a levar as coisas pra baixo e pronto. Que seja rápido. E aí depois ele manda mensagens dizendo que não há magoas de mim, so saudade. Não sei, mas isso me afeta mais do que eu gostaria ainda.

A imaturidade, o não saber dizer, o não saber como se comportar, tudo isso... pensando bem, era o esperado. E mesmo assim dói. Dói mais ainda saber que foi justamente por conta de tudo isso que acabou. E que nada mudou ou vai mudar. Eu preciso simplesmente continuar meu caminho, como venho fazendo. Já nos diz Skinner que a melhor forma de retirar um comportamento de um repertório é instalando outro com a mesma função... Continuarei a me dispor a essas atividades que me fazem bem. =] Viajar, sair, me divertir e paquerar. Me sentir desejada faz parte da minha reconstrução!


“mas não tem revolta não. Eu so quero q vc se encontre.Ter saudade ate que é bom, é melhor que caminhar vazio. A esperança é um dom que eu tenho em mim. 

sábado, 3 de janeiro de 2015

Olá a tod@s! Voltei! rs. Primeiramente um 2015 perfeito pra gente, ne? =] Cheguei de viagem com minhas amigas e passei pra dar uma atualizada nisso aqui e no que venho sentindo/pensando! Foi uma viagem emocionante, como não podia deixar de ser. Na companhia de amigas que conheço há cerca de 15 anos a viagem é sempre maravilhosa, ainda mais na companhia de uma família que me acolheu tão bem, como não me sentia acolhida pela minha própria (a não ser claro, em algumas exceções, após a separação e as falas que são inevitáveis.) =] Me sinto mais forte hoje (apesar de doente, hahaha) pra voltar pra minha rotina e retomar minha vida. Meu corpo já sente falta de uma rotina com alimentação adequada, mais calma e com atividades físicas regulares. E vamos que vamos. Pra mais um ano. Pra mais uma temporada da minha vida, agora solteira, morando só em uma cidade machista do interior. (aiai. Que não me faltem forças pra lutar!)

Depois escrevo mais! 

:*